Comissão Debate Projeto para Destinar Recursos das Loterias aos E-sports
A proposta visa investir 0,04% da arrecadação da loteria federal no desenvolvimento dos esportes eletrônicos no Brasil.
The Lottery House

Nesta quarta-feira (09/10), a Comissão de Esporte discutiu o Projeto de Lei 6118/2023, de autoria do senador Izalci Lucas (PL-DF), que destina uma parte dos recursos das loterias para os e-sports no Brasil. O projeto prevê que 0,04% da arrecadação da loteria federal seja direcionada para a Confederação Brasileira de Games, com o objetivo de financiar programas de desenvolvimento, estruturação dos jogos e a preparação técnica dos atletas eletrônicos.
Durante a audiência, o senador Carlos Portinho (PL-RJ), especialista em direito esportivo, questionou se o valor proposto seria suficiente para sustentar a infraestrutura necessária, considerando a demanda de outras modalidades esportivas tradicionais, como vôlei e basquete, que já recebem recursos das loterias.
Leonardo Fontes, presidente da Confederação Brasileira de Games, defendeu a proposta, afirmando que o investimento seria um passo importante para consolidar os e-sports como uma modalidade forte no país. Ele destacou que os atletas dedicam longas horas diárias de treinamento, comparando o esporte eletrônico a outras práticas esportivas tradicionais.
Por outro lado, a senadora Leila Barros (PDT-DF) levantou preocupações sobre o direcionamento dos recursos para a Confederação Brasileira de Games. Ela argumentou que, antes de qualquer repasse, é necessário que o Comitê Olímpico Internacional (COI) reconheça oficialmente os e-sports como uma modalidade esportiva. Segundo Leila, essa decisão caberia ao COI, e não ao Congresso Nacional.
Caso seja aprovado pela Comissão de Esporte, o projeto seguirá para análise na Câmara dos Deputados. A proposta promete aquecer o debate sobre a inclusão dos esportes eletrônicos como uma prática esportiva formal e o uso de recursos públicos para financiar sua estruturação no Brasil.